sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Lanternas!!!

As crianças entram na sala pela manhã e já recebem um convite! Vamos brincar com as lanternas?! Assim, despedem-se da família e adentram no ambiente para a aventura oferecida! Tudo organizado para a brincadeira, luzes desligadas, cortinas fechadas! 
E nas pesquisas das crianças, o objeto preferido foi a garrafa com água colorida! Transparência, cores, luz, luminosidade! 
Um cotidiano com repertório planejado, favorece o protagonismo infantil, desperta curiosidade, implementa a pesquisa como prática e torna o dia muito feliz!!! 
Crianças de Berçário 2 (turma de 2013), da EMEI Vitória Régia, São Leopoldo.










Ainda sobre as Garrafas transparentes!

Ainda sobre as Garrafas transparentes!
Material: Uma garrafa de 5 litros, transparente e com alça (garrafa de água mineral), pendurada num extensor no forro da sala. Dentro dela colocamos brinquedos em miniatura.
Intencionalidade planejada: acuidade visual e sonora, coordenação motora e fortalecimento do tônus muscular.
Intencionalidade vivida: dois bebês brincando, interagindo, compartilhando pesquisa e realizando trocas de movimentos e experiências! Falas e movimentos de corpo. Convocação potente de um ambiente planejado e de bebês que tem livre acesso na exploração da sala em que ficam na escola.
Observação: Momento de brincadeira entre dois bebês. Mesmo momento que um bebê recebeum colinho e outro tem suas fraldas trocadas e outros exploram outros cantos da sala. Simples assim!!!
As fotos abaixo, falam sobre o planejamento de propostas de cotidiano para bebês, sobre repertório de sala, sobre a importância da observação e reflexão do professor de crianças pequenas. Aos poucos, vamos entendendo a diferença entre o ambiente planejado e o ambiente vivido. E os bebês nos falam tanto, o tempo inteiro....





SOBRE AS GARRAFAS SENSORIAIS ( ou o nome que desejar!)

Esse é outro material que os bebês adoram! Garrafas plásticas transparentes com materiais diversos. Tínhamos (disposto no chão da sala) um cesto com garrafas menores e maiores (2L e 500ml) com água colorida, com bolinhas gel, com objetos sonoros, grãos, canudinhos plásticos, palitos coloridos, entre outros materiais... As garrafas eram procuradas para diversas brincadeiras. 
Também colocamos algumas em extensores penduradas no forro da sala, tendo nelas objetos mais leves. 
Essas garrafas eram fonte de exploração, interação e pesquisas constantes. Todos os dias inúmeras brincadeiras entre os pares aconteciam tendo as garrafas como "mediadoras" e "provocadoras" desses momentos. Vale a aposta nesse material como objeto potente de investigação (falar somente em "potes da calma" me deixa nervosa!!!)!




terça-feira, 21 de abril de 2015

E NA HORA DE IR EMBORA?

 Fomos desafiadas a pensar nas nossas ações cotidianas, nos momentos em que passamos com as crianças. Nossa primeira reflexão recaiu sobre a hora que a criança vai embora, assim, passamos dias pensando nesse momento, o que fazemos nessa hora:
      *Acompanhar a criança até a porta;
      *Conversar com a família;
      *Despedir-se da criança;
      *Relatar algo que a criança fez durante o dia.
Mas daí, verificamos  que nossas ações para esse momento são pensadas muito antes e que ao longo das semanas as modificamos para adequarmos aos movimentos das crianças.
Então, tudo começa após ao jantar (lá pelas 16 horas)... Enquanto as crianças estão no refeitório, uma das educadoras volta para a sala e prepara o ambiente, arrumando um cantinho especial, colocando no chão um baú com objetos variados, ou revistas, ou tecidos, há também vezes que o cesto tem alguma fruta diferente para experimentarmos (teve lima, uva dedo-de-dama, ameixa, bergamota), enfim... Quando as crianças chegam na sala se envolvem com diversas brincadeiras e objetos e assim vamos realizando as ações que poderíamos chamar de rotineiras. O que diferencia esse momento são os diálogos, as trocas entre as crianças e também entre as educadoras. Varias vezes entramos num pequeno "grupo de estudos", falando da melhor maneira de trocar as fraldas, de fazer a higiene das mãos, de ações que demonstram mais cuidado para com os pequeninhos. Quando estão todos prontos (fralda trocada, roupa limpa), vamos dando mais atenção a cada criança. Um colinho apertado, um cafuné com uma musiquinha cantarolada ao ouvido, e até o arrumar os cabelos (as crianças também gostam de arrumar os cabelos das professoras!), vão deixando-as menos ansiosas pela espera dos seus familiares.

A salka fica assim no final do dia!

Arrumando o cabelo da "profe"
Colinho apertado! Coisa boa!!!!
E tudo valeu muito a pena!!!!

SOBRE O PLANEJAMENTO E O TAPETINHO DA VOVÓ

O planejamento e o registro reflexivo nos fazem pensar mais sobre os detalhes, nos favorece de modo em  que tudo o que pensamos  possa de alguma forma vir parar aqui (no diário do professor, no livro da criança, nesse blog!), sendo vivido também por quem lê. Explico: Num planejamento enxuto, tabelado, burocrático, como apareceria o "tapetinho da vovó"? Como daríamos a ele a devida importância? Não inserimos o tapete como uma "atividade", mas como uma ação/intervenção, e isso  foi tão importante que sua observação faz-se imensamente necessária! Tanto para escrever sobre isso, pensamentos voam longe.... Mas vamos para o tapete! rsrsrsrsrsr
Ele foi feito pela minha avó, que se ofereceu para fazer quando me escutou falar de como a sala estava fria, daí ela me contou que já tinha feito uns tapetes para a escola perto de onde morava há alguns anos atrás... Eu trago muitas lembranças da minha infância com esse tipo de tapete (lembro de ajudar a fazê-lo, lembro de brincar com bonecas em cima dele, de tentar fazer sequência de cores, etc.).
Não achei que o tapete despertaria tanto nas crianças, a primeira reação deles foi se jogar em cima, deitar, rolar, depois  com o tempo foms percebendo os movimentos: uma das crianças escondia carrinhos nos fios de tecido, outra se deitava e alisava os retalhos (imagina que sensação gostosa!), muitos buscavam pelo tapete para as brincadeiras  mais solitárias, enfim...
Para nós educadoras/observadoras/experimentadoras o tapete é:
*um recanto/espaço
*importante herança cultural
*espaço de sensações
*ponto de encontro
*local de convites ("deita aqui no tapetinho")
 
P.S.:
1) Das últimas notícias sobre o tapete:quando saí da Emei Raio de Sol, fui "obrigada" pelas colegas Luísa e  Carla, à deixá-lo como herança... Será que ainda existe?
2) Tenho que fazer mais tapetes com a minha avó, passar mais tempo com ela e oferecer a "sensações do tapetinho" para mais crianças...
 
Tempo bom, valeu a pena registrar!!!!




domingo, 24 de agosto de 2014

Sobre os bebês, a tinta e uma parede de azulejos!

 
Amo poder falar sobre esse processo! Usar tinta, usar suportes, criar, deixar marcas e marcar o interior da escola/espaço coletivo.
Essa é uma proposta livre, em que os professores podem adentrar, mas não interferir de modo a "comandar". Pintar livremente os azulejos, precisa de uma logística (quando os primeiros demonstrarem não querer mais pintar, aos poucos vamos levando-os para tomar um banho, logo a sala também já deve estar preparada para acolher quem for deixando a brincadeira e tem que haver outra professora que fique até o final, com o grupo que aproveita até o último instante). Pintar a parede de azulejos, precisa de olhar atento, precisa de adultos que se deixam "convocar".
SENSAÇÕES, CORPOREIDADE, MOVIMENTO, EXPERIMENTO!
Com a repetição da proposta, temos um importante momento de pesquisa de cores e formas de registro.
As imagens falam muito!!!
Pés que pintam!

Uma bebê que não quer pintar, mas que está curiosa pelo processo.

"Antes de pintar no azulejo, vou experimentar na minha mão!"

Trabalho coletivo!!!

Disputando o pote de tinta

Muita tinta!

Faltou espaço nos azulejos?!
Pintura pronta!!!

domingo, 10 de agosto de 2014

UM TRABALHO DE CORPO!

Na volta do lanche, as crianças se depararam com uma sala diferente! Uma sala cheia de barbantes esticados!
Como entrar? Como brincar nesse espaço? 
 Eles foram inventando jeitos de se movimentarem, foram se adaptando nesse espaço. Aos poucos passaram a brincar passando por cima e por baixo dos barbantes.
Uma experiência para ser repetida várias vezes, e em diversos espaços (portas e entradas são ótimas para isso!). Trabalho corporal, de grupo, um desafio para as crianças e também para as professoras!
 


Uma sala diferente! Desafios!


Dando um "jeitinho" nos barbantes!

Adaptação ao espaço!

Testando!


MARCAS

 
Sim, os bebês adoram canetas e papéis (ás vezes, canetas e paredes!) e na escola podemos proporcionar inúmeras situações para que os pequenos investiguem cada vez mais esses suportes.
Nessas fotos, crianças de Berçário 2 (1 ano à 2 anos), receberam canetões hidrocores e um pedaço de papel pardo fixado no chão.
Notem que vão além do papel, marcam o corpo, uma marca feita por eles... Notem as posturas corporais que adotam e o quanto é importante essa liberdade para eles. Desenhar sentado, deitado, de lado, em cima do papel.
 Os desenhos dos pequenos percorrem caminhos!
Crianças, papel e canetas!
 
 
O corpo que fala e se adapta para o registro!

Marcas


Um pouco no corpo, um pouco no papel!


 
 "O espaço do prazer não é o mesmo espaço da realidade. O imaginário não conhece o tempo cronológico, nem os cercamentos do real. O prazer da arte está relacionado ao prazer (...) Na criança, o espaço plástico é o gesto que mobiliza o sujeito inteiro na produção da mancha colorida."
Sandra Richter

domingo, 3 de agosto de 2014

UM BANHO!

Sempre questionamos sobre a necessidade do banho na escola infantil. Entendemos que o banho diário deva ser uma rotina da família, mas nossos  pequenos passam muitas horas na escola, e por vezes, o banho se faz necessário! Que bom!
É bom termos momentos em que podemos modificar tudo!
Nesse dia os bebês estavam agitados! Começo do calor, muito barulho na rua, uma coleguinha que chorava bastante...
Solução: fomos para o banho! Uma músiquinha calma, uma água morninha e para completar BOLINHAS DE SABÃO!
O banho deve atender a necessidade da criança, não pode ser rotineiro e mecanizado, deve ser um momento individual (mas até que banhos coletivos geram uma grande diversão!), momento de conversa calma, cuidado com o corpo, roupas limpas, novas sensações...
 

 
"Em sua experiência de serem cuidadas, as crianças aprendem a vestir-se, comer, fazer sua higiene e desenvolvem o sentimento de bem estar com esses cuidados. Em todas as situações, elas aprendem sobre sua vulnerabilidade e capacidades, sobre qualidadres humanas universais e sobre diferenças entre as pessoas." (Altino José Martins Filho)

DE VOLTA!

Sim, de volta, novamente, e sempre!!! Essa sou eu!
Muita coisa mudou... Um novo começo...
Nesse ano de 2014, me afastei de Esteio e da Emei Raio de Sol (escola que me tornou a professora que hoje sou!), para ser gestora da Emei Vitória Régia, em São Leopoldo. Tive a felicidade de reencontrar a colega Adriana Souza (que também havia trabalhado na Raio de Sol, alguns anos atrás), a felicidade de estar num grupo de professoras maravilhosas e a felicidade de ter a confiança da comunidade escolar.
A gestão é muito diferente da sala dos bebês... Mas é uma uma alegria estar escrevendo a história de uma escola como a Vitória Régia.
Ainda sinto muito o fato de não estar em sala, e também de querer continuar compartilhando o que aprendi com as crianças.
Hoje, olhando meus antigos diários, percebi que muita coisa não publiquei, muita coisa linda, cheia de significados.... Então, sigo! Fotos antigas, idéias, reflexões, tudo sobre os bebês com quem tanto aprendi! Não quero parar, não vou parar e até me sentir segura para escrever sobre a gestão, vou escrevendo o que já vivi, o que já senti, o que sou!
Acompanhem, comentem, compartilhem!

BACIA COM PEDRINHAS DE GELO

 
 
 
 
Nesse dia, levamos uma bacia cheia de cubos de gelo (vários tamanhos) para o pátio e deixamos à disposição dos bebês.  Sensações, motricidade, pinça fina, solução de problemas.
Gelo na mão, na boca, no chão!
Gelo que pinga, que vira água, e água bem gelada!
Disponibilizamos junto com o gelo algumas peneirinhas para serem usadas como suporte. Foi uma ótima brincadeira. Teve até quem tentou entrar para dentro da bacia, mas logo desistiu... Porque será?! rsrsrsrs
Mais uma tarde pra guardar na memória!



domingo, 17 de março de 2013

SOFISTICANDO O DIA / OU, PARA O DIA VALER A PENA!
 
*Um bambolê
*Balões decorados
*Balões transparentes com materiais diversos (farinha, água, lã, gel e lantejoulas, etc)

*Experiência da turma do Berçário 1 no ano de 2011. Vi essa  sequência de fotos e não pude resistir!